30 de nov. de 2010

Pedro, o novo escritor do Hoedawn

Olá amigos! Como estão?
Vim aqui me apresentar como um dos escritores deste blog, o Hoedawn, pois agora estou trabalhando junto com meu amigo Danilo. Espero que durante essa 'experiência' (porque nunca fiz um blog musical) eu aprenda muito mais sobre a música, sobre bandas e sobre álbuns.
Muito obrigado!
Pedro Oliveira.

18 de nov. de 2010

Wish You Were Here (Pink Floyd, 1975)



Wish You Were Here é o nono álbum de estúdio da banda britânica de Rock progressivo Pink Floyd, e foi produzido em 1975, e lançado no mesmo ano sobre a gravadora Harvest/EMI. O álbum é o segundo a abordar um tema definido, transformando-o em um álbum conceitual. Roger Waters como sempre (mais exatamente depois da saída de Syd Barrett da banda) liderou em todas as composições. Em declarações posteriores ao lançamento do álbum Waters e David Gilmour, o guitarrista e segunda voz da banda, classificaram este disco como o preferido em suas opiniões. E hoje nós vamos, abrindo este especial sobre Pink Floyd, fazer mais uma resenha desta maravilhosa banda do Rock progressivo.

Produção: 1975| Tempo de disco: 44:28 | Gênero: Rock Progressivo
Melhor música: Shine on You Crazy Diamond, Pts. 1-5  - Pior Música: Welcome to the Machine

Shine on You Crazy Diamond, Pts. 1-5 - A primeira canção do álbum é um tributo ao antigo vocalista da banda, Syd Barrett, que foi afastado por impossibilidade em 1969, devido ao seu uso excessivo de drogas (principalmente LSD). E talvez por isso esta bela faixa é a melhor do álbum, senão a melhor de todas as já compostas por Roger Waters e cia. 8 (oito) minutos de um belo instrumental marcam esta faixa que se inicia com o seguinte verso marcante: "Remember when you were young/ You shone like the sun".

Welcome to the Machine - Esta canção é interligada com a anterior "Shine On" por sons semelhantes a um vendaval, e um barulho de portas fechando. Foi eleita como a pior, mas não pode levar este título. Vamos considerá-la a menos melhor do álbum, pois esta obra de arte merece todos os créditos. O som de uma porta batendo foi descrito por Waters como "O símbolo do descobrimento musical e progresso ofuscado por uma indústria musical mais interessada no sucesso e na ganância".

Have a Cigar - Com um estilo bem diferente de tudo visto antes (na cronologia da banda), Have a Cigar é uma das músicas mais conhecidas da banda, por ter as características de um hit, com ritmo pegajoso e refrão facilmente decorável. Como muitas pessoas suspeitaram, os vocais não foram feitos por nenhum membro original da banda. Roy Harper, cantor de Folk/Rock, foi quem emprestou sua voz para este sucesso do Pink Floyd.

Wish You Were Here - Mais sucesso do que Have a Cigar, com certeza estamos falando desta linda balada do Pink Floyd. É, junto com Another Brick in The Wall, Pt.2, o maior êxito dentro da indústria fonográfica nestes mais de 40 anos desde que a banda foi criada, em meados de 1965. A música é tida por muitos como mais um tributo ao ex-vocalista da banda Syd Barrett, que em uma conhecida história, visitou os famosos estúdios de Abbey Road no meio da produção deste disco, gordo e careca, despistando muitos olhares perplexos com sua aparência extremamente modificada.

Shine on You Crazy Diamond, Pts. 6-9 - Ligada por sons semelhantes a um vendaval (novamente), esta é a continuação da primeira faixa do disco, com o mesmo nome. É constituída básicamente pelos mesmos acordes e ritmo semelhante às partes 1-5. Mas com os versos modificados. É como se fosse uma cópia autêntica e fiel das partes 1-5, que abriram o álbum. E ela dá fim à mais esta resenha.

Acaba por aqui mais um momento de apreciação da boa música. O álbum Wish You Were Here, talvez um dos melhores do Pink Floyd, foi o escolhido do dia. Este disco ficou e 1º lugar nas paradas do Reino Unido, assim como Dark Side Of The Moon, The Wall e Animals, todos com espaço reservado aqui no blog. Isto prova que a banda fez muito sucesso enquanto esteve ativa. Abraços e até a próxima resenha!




6 de nov. de 2010

Feel Euphoria (Spock's Beard, 2003)



Feel Euphoria é o sétimo álbum de estúdio da banda americana de rock progressivo Spock's Beard. Marca o início da era Nick D'Virgilio nos vocais, substituindo o excelente Neal Morse, que deixou a banda após o lançamento do álbum Snow, de 2002. O álbum passa bem longe do experimentalismo presente em outras obras do Spock's Beard. O porque do nome? veio de um episódio da série Star Trek onde o capitão Kirk e outros oficiais entram num universo paralelo, onde Spock tem uma barba.


Produção: 2003| Tempo de disco: 73:00 | Gênero: Rock Progressivo
Melhor música: A Guy Named Sid - Pior Música: Carry On

Onomatopoeia - O nome da faixa parece ser complicado, mas só o nome. A primeira canção do álbum mostra que a banda carrega um lado metal/alternativo, pois alguns álbuns se alternam entre momentos calmos e caóticos, o que é uma marca da banda, o experimentalismo. Em álbuns posteriores as músicas chegaram a ter 23 min, muito pela influência do antigo vocalista Neal Morse, que neste álbum foi substituido por Nick D'Virgilio, o baterista da banda. 

The Bottom Line - Continuando com a saga de 73 minutos, esta faixa traz novamente o lado alternativo do SB, carinhosamente chamando pelos fãs. Mas menos caótica do que Onomatopoeia, a primeira faixa do álbum. A presença do tecladista Ryo Okumoto, um simpático japonês que faz parte da banda, é muito notada em todos os álbuns do Spock's Beard, tendo em alguns momentos faixas solos deste grande pianista e compositor.

Feel Euphoria - Todos nós sabemos (ou alguns) que a dificuldade encontrada por músicos que tocam dois instrumentos ao mesmo tempo, um tocam um e cantam simultaneamente é muito grande. Mas D'Virgilio conseguiu aprimorar isso muito bem neste álbum, principalmente nessa levada encontrada na terceira faixa do álbum. A bateria é muito presente nesta canção, e a voz não fica fora de tempo, como costuma ser com outros vocalistas que tocam instrumentos.

Shining Star - Novamente a bateria é um dos instrumentos mais marcantes na canção, e Nick D'Virgilio honra todo o legado que Neal Morse deixou, mesmo que não tenha tanta aceitação entre os fãs mais radicais da banda, que preferem o antigo Morse.

East of Eden, West of Memphis - Agora, o curto riff perfomado por Alan Morse, é o destaque desta canção bem mais calma em relação às outras faixas posteriores. Alan Morse é irmão do antigo vocalista Neal, que seguiu carreira solo e teve algumas parcerias bem feitas, como a feita com Mike Portnoy, ex-baterista da banda Dream Theater, atualmente está no grupo de heavy metal Avenged Sevenfold, em turnê.

Ghosts of Autumn - Outro fator que contou muito no disco foi a longa duração de várias músicas, formando no total 73 minutos de uma música mais consistente em relação às outras, de álbuns anteriores, como The Light de 1994 e The Kindness Of Strangers, de 1998, ambos com Neal Morse liderando nos vocais.

A Guy Named Sid - Esta faixa é dividida em 6 atos, e foi composta pelo atual frontman da banda Nick D'Virgilio. Vamos dividí-la nestas 6 devidas faixas para definir uma por uma.
    I. Intro  - É, como diz o título, a introdução desta pequena peça musical dividida em 6 atos, um dos maiores êxitos de D'Virgilio como principal compositor do SB. Destaque para Ryo Okumoto.
        II. Same Old Story - Cada ato demonstra musicalmente a fictícia história que gira em torno do protagonista Sid, como sugere o título. Esta faixa traz de volta todo o ritmo alternativo da banda.
                III. You Don't Know - Bem mais calma, este trecho de 3:20 minutos serviu para acalmar a todos que ouviram este álbum, mostrando que está chegando ao final, usando todos os instrumentos de uma forma menos caótica o possível.
                        IV. Judge - Os sintetizadores aparentemente comandados por Okumoto são novamente o destaque desta faixa, que na língua portuguesa se chama "Juíz". É a continuação da pequena peça.
                                     V. Sid's Boys Choir - É simplesmente uma capela feita por todos os intregantes, como também sugere o título. No fim, a voz radiofônica de D'Virgilio dá o tom e encerra esta faixa. 
                                                 VI. Change - Com a mesma introdução da primeira faixa da peça, aparentemente é o fim da peça, certamente é. Então, para fechar o álbum, vem a última faixa, a seguir.

[ termina a peça A Guy Named Sid ]

Carry On  - O alternativo se une ao progressivo, transformando esta faixa em um ótimo final, mas não preenche todas as expectativas criadas pela pergunta: "Será que D'Virgilio conseguiria ocupar bem o lugar deixado por Morse?". É a última faixa do bom álbum, mas não o melhor da história do SB.

Acaba por aqui mais uma resenha, sempre lembrando que se você quiser ver seu álbum preferido descrito aqui no @hoedawn, entre no fórum de discussão do site, localizado acima na seção "Comentários". Abraços amigos, até a próxima resenha!. A faixa escolhida de hoje foi Onomatopoeia, a primeira canção do álbum. 

Misplaced Childhood (Marillion, 1985)



Misplaced Childhood é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa de rock progressivo Marillion. É tido por muitos como o melhor álbum da banda dentre todos, por ter uma consistência sonora invejável e outros atributos que transformam o álbum em uma obra-prima do Rock neo-progressivo. Talvez seja o maior disco do gênero. E hoje nós vamos avaliá-lo música por música.

Produção: 1985| Tempo de disco: 41:16 | Gênero: Rock neo-progressivo
Melhor música: Kayleigh - Pior Música: Childhoods End?


Pseudo Silk Kimono - É uma belíssima introdução para um álbum igualmente belo. O sintetizador de Mark Kelly marca nesta faixa que é uma das melhores introduções da história do rock progressivo, na minha opinião. Fish se apresenta com sua voz característica que foi uma marca registrada da banda antes de Steve Hogarth assumir o posto de vocalista do Marillion

Kayleigh - É o maior sucesso comercial do álbum, pois é o carro-chefe do disco, trazendo como um single todo o lado sentimental da banda. A balada de 4:03 minutos demonstra o que as bandas de Rock/Hard Rock fazem quando o assunto é hits. Ou simplesmente uma música mais sentimental, com letras falando de amor e etc.

Lavender - Uma das canções curtas do álbum, Lavender é um pequeno dueto entre Fish e os outros instrumentos da banda. O vocalista certamente é um dos maiores do neo prog. E nessa faixa ele demonstra isso. A voz de Fish carrega todo o álbum nas costas, e as performances maravilhosas deste cantor deram ao álbum toda a dramaticidade que pode ser notada em cada faixa

Bitter Suite - Nesta faixa o Marillion mostra seu lado experimental que foi quase - ou totalmente - obscurecido pois os instrumentos (como o sintetizador) tomaram conta dos primeiros álbuns da banda. A voz de Fish também é uma das partes mais cruciais na obra, maravilhando-nos com performances inacreditáveis com o microfone em mãos.

Heart of Lothian - Os instrumentos começam a aparecer mais, colocando a voz de Fish em segundo plano. E principalmente a guitarra dá o ritmo à essa música, trazendo um lado antes escondido pela banda, que são as batidas mais fortes, que iriam acompanhar toda a entrada de "H" na banda, após o período mais bem sucedido da banda, que foi com Fish nos vocais. O título da música pode ser referir tanto à peça teatral de Sir Walter Scott The Heart of Midlothian quanto ao coração em mosaico localizado no Royal Mile de Edimburgo (uma sucessão de ruas de aproximadamente uma milha, em Edinburgo) Fonte: Wikipédia

Waterhole (Expresso Bongo) - Nós podemos notar que conforme o álbum vai se desenvolvendo, a música começa a se tornar cada vez mais ofensiva, mostrando que a banda não possui uma grande consistência quando o assunto está focado no álbum em si, na obra de cada disco. Mas mesmo que por um curto período, esta faixa traz a banda mais violenta, pendendo mais para o Hard Rock.

Lords of the Backstage - Repetindo todo o conceito da faixa anterior, esta faixa repete todos os aspectos antes descritos, formando um lado mais violento do grupo, mesmo não perdendo a essência localizada nos sintetizadores, e claro, na voz de Fish. Ótimo exemplo de o quê a banda iria se transformar após este álbum, na era "H", com Steve Hogarth.

Blind Curve - Esta música, como não poderia deixar de ser, mostra o lado mais progressivo do Marillion, pois toma 9:29 minutos do álbum, nada que desvalorize a obra, ao contrário, trouxe mais uma vertente da banda, mais progressivo, menos músicas consistentes. O experimentalismo sempre é necessário, e nesta faixa isso foi provado. Mas não é tão experimental chegando ao ponto de ser comparado ao conjunto King Crimson por exemplo, os reis do experimentalismo, nada disso. Tudo com a marca do Marillion mesmo.

Childhood End? - A bateria comandada por Ian Mosley finalmente dá as caras nesta faixa, mesmo que se tornando bem presente nas canções anteriores. Sem muita cerimônia, esta música não usa de refrões pegajosos e melodia calma para agradar o público. Nem todo álbum é perfeito, mesmo esta faixa mostrando que o Marillion pisou um pouco na bola nesta composição de Fish.

White Feather - Fechando os trabalhos, esta faixa acaba com todos os serviços prestados pela banda, desculpem-me o termo. Melhor que a faixa anterior, White Feather no seu término deixa um bis para a banda. O álbum foi um grande êxito do rock neo-progressivo. Grande disco. No fim, um fade-out para acabar lentamente com esta maravilhosa experiência.

E acaba por aqui mais uma resenha, o álbum entra facilmente na minha lista dos 200 maiores álbuns da história do Rock. O Marillion é tido por muitos como o maior grupo do rock neo-progressivo, gênero que trouxe muitas ótimas bandas como Pendragon, Saga, IQ e Pallas por exemplo. Mas este assunto fica para uma próxima postagem. Vou tirando meu time de campo, espero que vocês tenham gostado de mais esta resenha. Kayleigh foi escolhida como melhor canção, já Childhoods End? ostentou o título de faixa mais confusa, não a pior. Abraços e até a próxima!