5 de set. de 2010

Dark Side of the Moon (Pink Floyd, 1973)


Dark Side of the Moon é um álbum conceitual, lançado em março de 1973. É de autoria dos integrantes do grupo de rock psicodélico/progressivo Pink Floyd, da Grâ-Bretanha. Muitos consideram o álbum como sendo o melhor trabalho do Pink, junto com Wish You Were Here e The Wall. O álbum aborda vários temas da sociedade em si, como o tempo (Time), dinheiro (Money) e loucura. Todos os aspectos que moldariam a sociedade futura, nos dias de hoje, com uma visão muito futurística para a época, 1973, anos 70.

A viagem musical começa com uma música curta de introdução instrumental, como é característico na maioria dos álbuns da banda, mas esta música junta vários aspectos de outras que estariam por vir, exemplo: o som da caixa registradora no começo de Money, e os despertadores tocando incessantemente, no início de Time. A canção se chama Speak To Me.
Vem acompanhada da calma e serena Breathe, que é alavancada com a suave voz de Gilmour, e os acordes melancólicos que marcam esta música.

Logo em seguida, uma música que retrata o experimentalismo herdado dos álbuns anteriores, pois On The Run básicamente é um Medley de efeitos do teclado de Wright, somente sendo adicionandos alguns efeitos, que tornam a música somente uma ponte para Time. Esta música que vem em seguida da seca On The Run, é um dos pontos altos - o primeiro - do álbum, sendo que os primeiros 2 minutos são compostos por uma combinação de batidas da bateria de Mason, com alguns relógios posteriormente gravados tocando simultaneamente, de uma forma irritante. O resto da música consiste em uma melodia calma, com alguns pontos agressivos (quando a voz é de Gilmour), exceto nos refrões, onde se ouve a suave voz do tecladista Richard Wright.

Em seguida, The Great Gig in the Sky marca o ápice criativo do Rick, que reveza seu orgão com os tons agudos e depressivos de Clare Torry, criando uma música triste e reflexiva, com momentos de profunda agonia, isto é, quando ela eleva sua voz, causando uma trinca de efeitos no teclado (e sintetizador). Esta música é uma das que menos gosto, mas é parte da obra, então aprecio igualmente.

Money é uma das músicas mais conhecidas da banda, devido à sua batida muitas vezes familiar, sendo que é uma daquelas canções que marcam por sua melodia pegajosa, e seu refrão fácil de decorar. É um dos pontos altos antes citados, e trata da necessidade - mesmo sendo um mal necessário - do dinheiro na sociedade atual (ou dos anos 70). Antecede uma linda música, Us And Them. Esta, possui um solo inesquecível de saxofone de Dick Parry, marcando também pelo baixo extremamente presente de Roger Waters, que tomou praticamente todo o lado criativo da banda, inclusive as duas faixas finais do álbum.

Mas antes de chegar à estas canções, esbarramos em Any Colour You Like. É o segundo momento em que Rick Wright foi "solto" para compor. E simplesmente é uma música que simboliza a troca de ritmos, de Us And Them até as duas últimas faixas. Sintetizadores e efeitos de guitarra dupla de Gilmour coroam a música.

Brain Damage e Eclipse são de completa autoria de Waters, falando sobre loucura e o ápice da mesma, respectivamente. "The Lunatic is on the grass" é um verso muito lembrado desta música (Brain Damage). É assim como Us And Them, dividida em momentos calmos e tribulados.
Eclipse fecha o álbum com chave de ouro, com um som estratosférico, e ambos gritando os versos de "all that you use", terminando com as batidas de coração, de forma que pode ser remendada com o começo de Speak To Me. Entre as faixas alguns comentários de várias personalidades ligadas ao estúdio Abbey Road, em relação aos fatores da vida (loucura, morte, dinheiro). O último é do porteiro, que fala "There is no dark side of the moon really, in matter of fact it's all dark". Fechando com um tom sinistro.

Pois é, essa foi a 2ª resenha de álbum feita por mim, um dos meus preferidos, Dark Side Of The Moon merece também um espaço na minha galeria dos álbuns obrigatórios do rock. Abraços, até a próxima!

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