8 de dez. de 2010

Ever (IQ, 1993)



Ever é o sexto álbum de estúdio da banda inglesa de Rock Progressivo IQ. A banda sempre foi conhecida por seu lado progressivo muito apurado, com longas canções e álbuns complexos demais para serem colocados no mainstream da música comum. E hoje nós vamos fazer um pequeno resumo sobre esta obra que marca o retorno de Peter Nicholls à banda.

Produção: 1993| Tempo de disco: 50:27 | Gênero: Rock neo-progressivo
Melhor música: Leap Of Faith  - Pior Música: Out Of Nowhere

O disco começa mostrando que o quinteto inglês estaria voltando à sua velha forma, onde se tornou conhecido principalmente pelo lançamento do álbum The Wake, de 1985, que foi muito bem aclamado pela crítica em geral, com composições muito bem recebidas por seus fiés fãs que até aquele momento não representavam uma multidão, por assim dizer. E a primeira faixa é The Darkest Hour, que mostrou que a banda definitivamente estava de volta, com uma belíssima canção para iniciar os trabalhos neste disco. Maravilhosa composição dos integrantes do IQ, e marca também por seu tempo de duração, que só perde para Further Away, de 14min30s.

Fading Senses é uma balada composta pelo IQ talvez com o intuito de quebrar este ambiente caótico que foi estabelecido por uma complexa composição que abriu o álbum. E talvez esta música sirva para um momento mais íntimo da banda, que conseguiu agradar com esta canção, muitas vertentes e fãs do Rock neo-progressivo. Essa canção é muito semelhante em seus elementos à outra balada, Speak My Name, do álbum Subterranea, de 1997. Já estabelecido um clima mais calmo, Out Of Nowhere vem novamente para quebrar todo o ambiente, trazendo ao público mais uma canção bem progressiva, mas com um pequeno tempo de duração, contrariando todos os elementos necessários para cada música em um álbum progressivo. Aliás, a banda é considerada por muitos Rock Neo-progressivo, ou seja, composições mais aceitas pelas rádios e público em geral.

Como já disse anteriormente, Further Away é a canção mais longa do disco, com 14min30s de duração. E talvez por isso seja uma composição bem progressiva, com letras fantasiosas e melodia complexa, e por isso, não agrada muito o público que anseia por músicas mais agradáveis aos ouvidos, que tenham um pequeno tempo de duração e assim mesmo agradem à quem ouve. Em seguida, Leap Of Faith arrebata todos com uma maravilhosa introdução de teclado Martin Orford, um dos standartes da banda, que carregou o IQ nos anos 80, com suas linhas de teclado/sintetizadores muito apuradas criando belíssimas músicas. E essa faixa prova que a banda não largou seu lado progressivo, mas construiu sim um legado com canções consideradas mais hits, mesmo com um longo tempo de duração. 

Came Down pode ser considerada a continuação de Leap Of Faith. A última faixa do disco Ever é igualmente uma belíssima composição, com melodia agradabilíssima aos ouvidos que anseiam por trabalhos concentrados e bem executados. E assim acaba o disco revisado por mim (Danilo Frazão) hoje. Espero que vocês tenham gostado desta pequena revisão sobre um maravilhoso álbum que merece ser ouvido por todos que visitam o Hoedawn. Destaque para a linha de Leap Of Faith até Came Down. Na minha opinião um dos melhores momentos de todos os álbuns do IQ. Aliás, a banda continuou trabalhando com o neo prog, se destacando 4 anos depois com Subterranea, um álbum carregado por longas canções, principalmente a épica The Narrow Margin, de exatos 20min. Seu concerto ao vivo também foi muito aclamado pela crítica em geral.

7 de dez. de 2010

There is Nothing Left to Lose (Foo Fighters, 1999)

  




There is Nothing Left to Lose é o terceiro álbum da banda de rock alternativo Foo Fighters, que foi lançado em 2 de novembro de 1999. "Breakout", uma das canções do álbum, foi (ou fez parte) da trilha sonora do filme Eu, eu mesmo e Irene. O álbum é bastante interessante, com um som agradável. Por isso e por outros motivos, será resenhado agora.Vamos lá.  

Produção: 1999| Tempo de disco: 46:24| Gênero: Rock Alternativo
Melhor música: Breakout - Pior música: Aurora

Stacked Actors - É a primeira música do álbum, trás consigo um ritmo agressivo, mais voltado ao hard rock. Tem momentos calmos também, é uma música, podemos assim dizer, neutra. Pois possui essas duas características. 

Breakout - Como disse no ínicio do post, foi tema do filme Eu, eu mesmo e Irene, e em minha simples opinião é a melhor música do álbum. Tem um ritmo muito animado, muito boa de se ouvir. O tempo dos instrumentos é excelente. Com direito à "explosões". 

Learn to Fly - Ritmo bastante comum, mais mesmo assim não deixa de ser uma boa música. Não se destaca entre as outras. A guitarra e a bateria são parte essencial da música.

Gimme Stitches - Ótima introdução, e também com essencial participação da guitarra. Poderia ser a melhor música do álbum, mas como "Breakout" ocupa esse posto, será considerada a segunda melhor. 

Generator -  Boa música, com uma excelente introdução e mais uma vez (terceira) a participação da guitarra é essencial, e nesse caso, vital. Ótimos vocais de David Grohl, em minha classificação, seria a terceira melhor do álbum. Realmente muito boa.

Aurora - Música menos animada e menos corrida até agora. É uma música um pouco mais "tranquila" em relação às outras. Os instrumentos ficam um pouco tímidos nela.Talvez isso cause um pouco de monotonia. 

Live-in Skin -  Excelente introdução de guitarra. Música com um excelente ritmo e ótima para quem gosta de ouvir uma música boa. Mais uma vez, David Grohl está de parabéns. 

Next Year - Introdução com vocais, e depois um ritmo meio constante. Não deixa de ser boa, pra quem aprecia uma música mais calma e ao mesmo tempo "agitada". 

Headwires - Tem um ritmo bem diferente em relação às outras, é meio chata. Os instrumentos foram deixados como uma coisa à parte, foram deixados em segundo plano. Somente no meio, ganha um pouco mais de agitação. 

Ain't It the Life - Tem uma característica meio "praiana", vamos assim dizer. Não é ruim, porém para os fãs de hard rock seria bem chata. Mas não pode ser ignorada. Tem seu valor.

M.I.A - Música normal. Não há nada que possa destacá-la. O ritmo é o mesmo, é característico da banda. Não é chata, é mais ou menos. Enfim, pode ser apreciada também. 

É isso aí galera! Aqui acaba mais uma resenha no Hoedawn. Dessa vez descobrimos e apreciamos a banda de Rock Alternativo, Foo Fighters. Uma banda boa, e com características marcantes. Espero que tenham gostado!
Abraços e até a próxima! 
Pedro Oliveira.

6 de dez. de 2010

Purpendicular (Deep Purple, 1996)



Purpendicular é o décimo quinto álbum de estúdio da banda inglesa de Hard Rock Deep Purple, e é marcado pelo ingresso da banda por parte de Steve Morse, como guitarrista. O músico trabalhou com outra banda de Hard Rock, o Dixie Dregs, e entrou no Deep Purple em 1995 com uma grande tarefa, a de substituir o icônico Ritche Blackmore, um dos maiores guitarristas da história do Rock. Joe Satriani também teve uma rápida passagem pela banda em 1994, mas com pouco sucesso. Hoje nós vamos conhecer um pouco mais desse maravilhoso álbum.

Produção: 1996| Tempo de disco: 62:16 | Gênero: Hard Rock
Melhor música: Sometimes I Feel Like Screaming  - Pior Música: The Purpendicular Waltz

Vavoom: Ted the Mechanic - A primeira canção do álbum traz todos os elementos que transformaram o Deep Purple em uma das maiores bandas de Rock da história, como a guitarra pesada e displicente do estreante Steve Morse. A música é um dos hinos do álbum, pois traz exatamente tudo que os fãs da banda esperavam.

Loosen My Strings - Mesmo Jon Lord sendo um dos maiores tecladistas de todos os tempos, só na chamada 2ª fase da banda é que ele foi ganhar mais atenção no mainstream  que cerca a banda. A introdução do teclado é meio tímida, mas a música se desenvolve junto com a guitarra de Morse sendo muito presente em uma canção embalada por um ritmo mais progressivo, o que começou a ser notado na banda nesta fase.

Soon Forgotten - O teclado de Lord se mostra presente outra vez no riff da canção, mas como em muitas outras, não é muito notado. A pegada pesada da banda continua a dar o tom, mesmo que um pouco ofuscada pela entrada de outros instrumentos que tornaram a música mais agradável, diferentemente do que nós vimos no início da carreira do Deep Purple.

Sometimes I Feel Like Screaming -  Um dos pontos altos do disco. Esta balada começa com uma pequena introdução feita no violão, e logo a voz inconfundível de Ian Gillan toma o lugar como parte mais importante na canção. Esta é a música mais longa do álbum, com 7min31s de duração, mostrando este lado progressivo, que foi bem predominante neste período, quando o álbum foi produzido.

Cascades: I'm Not Your Lover -  As introduções não correspondem às músicas em si. Muitos que as ouvem não têm ideia de como a canção vai se desenvolver. Em um momento os instrumentos todos se calam, e logo em seguida o heavy metal começa a se tornar o estilo adotado pela banda em cada faixa. A velocidade sempre foi um elemento muito explorado em muitas canções famosas do grupo, como "Highway Star" por exemplo.

The Aviator -  Depois de toda a timidez expressada por Steve Morse, finalmente o músico se solta nesta faixa. A introdução é bem feita com seu violão, tomando uma boa parte da canção. E finalmente nós podemos notar que a música não se altera tanto na relação introdução/desenvolvimento da faixa.

Rosa's Cantina - Um ritmo bem mais pesado marca a sétima música do Purpendicular. E a letra mais agressiva mostra todos os instrumentos concentrados em uma música mais consistente, trazendo uma faixa bem importante para o disco, mesmo não se tratando de um álbum conceitual, e sim de um mero veículo para alguns singles  da banda.

A Castle Full of Rascals -  Seguindo a linha de músicas agressivas, esta faixa mostra que a banda não perdeu nenhum de seus elementos que são muito queridos pelos fãs, e a canção é bem mais agressiva que Rosa's Cantina, e é carregada pela bateria de Ian Paice, um dos únicos membros a participar de todos os trabalhos do Deep Purple.

A Touch Away - A introdução é bem estilo blues/R&B. E talvez toda a música seja inspirada nestes 2 gêneros que se fundiram e trouxeram uma bela faixa, que foge de todo esse estilo do Deep Purple, como podemos notar se compararmos os álbuns "Machine Head" e "In Rock" ao "Purpendicular". Talvez seja o amadurecimento que vem sido buscado por muitas bandas ao longo do tempo.

Hey Cisco - Finalmente Ian Paice, o baterista, tem uma parte reservada no começo da faixa. E sua bateria frenética produzindo um som bem parecido com tambores imperiais, como se fosse uma introdução à alguma autoridade. Mas não podemos - como em todo o álbum - julgar a música por sua introdução. E Hey Cisco, começando pela letra, não é das melhores músicas deste disco de 1996.

Somebody Stole My Guitar - Esta música é uma das melhores (senão a melhor) performances de Steve Morse, o estreante atrás da guitarra principal do Deep Purple. Seu instrumento, junto com a voz bem elaborada de Gillan marcam a penúltima faixa. Até pelo título é perceptível que esta faixa foi reservada para o instrumento mais importante da banda, a guitarra. Destaque também para o solo de teclado de Jon Lord, um dos ídolos da banda.

The Purpendicular Waltz - Curiosamente uma gaita introduz a última canção do disco. E como era de se esperar, aqueles mesmos aspectos que marcaram a história do Deep Purple se tornaram muito presentes nesta faixas de despedida. A música é bem notável por seu refrão que traz uma outra ótima performance de Gillan, que, na opinião de muitos, é um dos maiores vocalistas da história.

O álbum Purpendicular, assim como seu predecessor The Battle Rages On... de 1993, mostra um grande amadurecimento da banda, que principalmente após a saída de Ritchie Blackmore, mostrou à todos que não se abateu nem um pouco com este que deveria ser um forte baque ao grupo. Ao contrário, com Steve Morse a banda ressurgiu e mostrou que nada estava acabado. E com este disco, apresentaram ao público um lado mais progressivo, com músicas mais elaboradas e complexas. E este foi o álbum que eu os presenteio com a mais nova resenha que fiz. Um aceno e um aperto de mão em todos que lêem o blog, e até a minha próxima resenha.

4 de dez. de 2010

The Division Bell (Pink Floyd, 1994)



The Division Bell é o décimo quarto e último álbum de estúdio da banda inglesa de Rock Progressivo Pink Floyd. O disco, lançado em 1994, foi gravado em diversos lugares, inclusive o estúdio de David Gilmour, que curiosamente se situa dentro de um barco/iate, o Astoria. Este é outro álbum conceitual, e fala sobre a falta de comunicação. O disco trouxe à tona o Enigma Publius, que até hoje ainda não foi decifrado. Então vamos deixar de introduções e ir direto ao álbum.


Produção: 1994| Tempo de disco: 66:32 | Gênero: Rock Progressivo
Melhor música: Coming Back to Life  - Pior Música: Cluster One

Cluster One - É um momento especial, como se fosse uma homenagem, ao tecladista já falecido (em 2008) Richard Wright, carinhosamente chamado pelos fãs somente de Rick. A canção possui uma longa introdução, e no meio desta introdução, o teclado de Wright se mistura com a guitarra de Gilmour, para dar o tom à essa maravilhosa introdução, assim como Signs of Life, do álbum anterior, o A Momentary Lapse of Reason, de 1987. É mágica, encantadora.

What Do You Want from Me - A segunda faixa do disco já começa em grande estilo. A bateria de Nick Mason - que junto com Wright é o único membro integrar a banda em todas as formações -  mostra para que veio. E assim desenvolve-se esta linda canção, assim como muitas outras do álbum, composta por Gilmour e sua esposa, Polly Samson. Momentos emocionantes, como no refrão, marcam esta canção.

Poles Apart - Este longo trabalho do Pink Floyd trata do assunto principal, a falta de comunicação, e a comunicação em si. "Extremos Opostos" fala sobre como duas vidas podem ser tão diferentes. Há um interessante momento em que a música recebe um break de alguns segundos e parte para um lado sombrio, totalmente diferente do começo e refrão da terceira faixa do disco, de 7:04 minutos.

Marooned - Como em Cluster One, este é um momento especial de mais um integrante do Pink, o guitarrista David Gilmour, principal compositor do álbum ao lado de sua esposa Polly e o já falecido tecladista Rick Wright. Os solos de guitarra são muito presentes, e dão a cara à esta canção, um lindo instrumental composto magníficamente por esse excepcional guitarrista.

A Great Day for Freedom - Um tom dramático marca esta faixa, que é bem mais lenta em relação às outras, valorizando a música, sem muitas letras, um dos marcos da época em que David Gilmour liderou o grupo, entre 1985-1995. Ele próprio declarou que nestes dois últimos álbuns da banda, os integrantes e compositores iriam valorizar mais a música, as canções em si, sem muitas letras.

Wearing the Inside Out - Como não poderia faltar em um álbum do Pink Floyd, Rick Wright assume os vocais em uma canção que toca o coração de todos que a escutam. Outro ponto interessante do álbum é a produção dos encartes. Cada página retrata fielmente o que cada música representa, ilustrando perfeitamente cada faixa deste lindo disco.

Take It Back - Um ritmo bem mais animado e rápido do que em Wearing the Inside Out marca a sétima faixa do álbum. Gilmour mais uma vez deixa registrado uma indubitável performance, tanto na guitarra quanto nos vocais. É talvez uma das melhores faixas do álbum, mas ela simplesmente precede um dos momentos maiores (senão o maior) do álbum.

Coming Back to Life - Se fosse uma peça, seria genial. Se fosse um filme, seria um Blockbuster. Gilmour, sozinho, compôs a melhor faixa do álbum. Toda a angústia que a faixa em si passa para quem ouve, alcançou Dave. Ele teve uma de suas melhores perfomances ao cantar esta maravilhosa canção, que retrata a "volta à vida", como seu título sugere. Após esta maravilhosa introdução, um ritmo mais forte e um feeling invejável de Nick Mason marcam a melhor faixa do The Divison Bell.

Keep Talking - Em quase todos os discos produzidos pelo Pink Floyd ao longo de todos esses mais de 30 anos que a banda esteve ativa - principalmente a partir do The Dark Side of the Moon-, o backing vocal feminino foi muito valorizado. E nesta faixa, Michael Kamen, o responsável pelos arranjos orquestrais, deu um show na organização. Mas as senhoras Durga McBroom,  Carol Kenyan e Rebecca Leigh-White merecem quase todos os créditos nesta faixa. Quase todos, não fosse outra presença especial. Como vocês podem perceber, há uma voz digital e metálica fazendo parte da introdução. Pertence nada mais nada menos ao físico e cosmólogo Stephen Hawking, um dos maiores estudiosos da história.

Lost for Words - Uma das canções mais bonitas e bem produzidas das história do Pink Floyd. A penúltima faixa do disco traz um ritmo pegajoso, e o famoso feeling (ou pegada, se preferirem) de Nick Mason, um dos bateristas mais concentrados na qualidade e no resultado do som que produz. Esta canção é maravilhosa, e merece uma atenção maior do que foi dada, sendo deixada de fora do gigantesco show produzido pelos integrantes do Pink Floyd no ano seguinte (1995), o P-U-L-S-E. 


High Hopes - Fechando este maravilhoso disco, o último de estúdio do Pink Floyd, como disse anteriormente, esta canção começa com o simples ruído produzido por uma espécie de sino, que talvez represente o sino da divisão, motivo pelo álbum se chamar assim. O símbolo da divisão, segundo a wikipédia, é recurso usado no parlamemto do Reino Unido quando na votação de uma moção, as opiniões se dividem e se torna necessário chamar os deputados para votar. A última faixa gravada em estúdio pelo trio (Wright, Mason e Gilmour) tem um ar sombrio, mas o vocal de Gilmour contrasta com todo esse clima sinistro criado pela melodia consistente da música. Um curiosidade é que os últimos dizeres de uma música do Pink Floyd foram o de um breve diálogo entre Steve O´Rourke, antigo empresário dos Floyd, e o enteado de Gilmour, o pequeno Charlie.


O álbum The Divison Bell marcou a despedida do Pink Floyd junto com um dos maiores espetáculos musicais já vistos em toda a história da música, o P-U-L-S-E, de fato o último trabalho da banda inglesa, gravado ao vivo no Earls Court, um centro de convenções localizado no centro de Londres, a capital da Inglaterra. E esta foi uma homenagem aos Floyd, uma banda que trouxe música de boa qualidade por várias décadas, e de queridinhos alternativos, se transformaram em grandes astros do Rock, desde o lançamento do álbum DSotM (ou The Dark Side of the Moon). Vou me despedindo de mais uma resenha, um aperto de mão e um aceno para vocês, volto na próxima semana com mais uma dica de álbum para vocês.

2 de dez. de 2010

Stadium Arcadium (Red Hot Chili Peppers, 2006)

 



 


Stadium Arcadium é o nono álbum de estúdio da banda americana de funk rock Red Hot Chili Peppers (RHCP), que foi lançado em Maio de 2006. Este também foi o último álbum da banda com seu guitarrista John Frusciante. O álbum é dividido em 2 CDs, ou seja, é um álbum duplo, com 28 músicas. O primeiro disco é chamado Jupiter e o segundo de Mars. Outras 10 foram lançandas como b-sides (porém, não estão presentes nesta resenha).
Esse foi o álbum escolhido para ser analisado hoje.


Produção: 2006 | Tempo de disco: 122:34 | Gênero: Funk rock e Rock alternativo
Melhor música: Tell me Baby e Dani California -  Pior música: If


Dani California - É uma das músicas mais conhecidas do álbum, tem fortes batidas do baterista Chad Smith, com momentos mais agressivos e outros mais calmos. Excelente vocal de Anthony Kiedis. Junto com Tell me Baby, ocupa a posíção de melhor música do álbum.


Snow ((Hey Oh)) - Boas alternâncias entre baixo e bateria, ritmo excelente, em nenhum momento algum instrumento foge do tempo da música, mais uma vez com excelente vocal e back vocal.


Charlie - Minha preferida do cd, até agora, a única que assumiu um ritmo diferente, com uso de instrumentos diferentes dos comuns, a banda consegue um som bom. E algumas "brincadeiras" a com a voz de Anthony Kiedis e no meio, fortes batidas se sobressaem. Excelente música. 


Stadium Arcadium - Música que dá nome ao álbum, no seu ínicio tem um ritmo mais calmo e durante o percorrer do tempo, assume um ritmo um pouquinho mais agressivo. Mas não deixa de ser excelente.


Hump De Bump - Tem o ritmo mais animado até agora, bastante atrativa para pessoas que gostam de músicas mais agitadas. O surgimento de novos e incomuns instrumentos é marcante.


She's only 18 - Bastante calma, com predominância do baixo no ínicio e no meio. Durante alguns minutos, fica agitada e a guitarra assume o posto de instrumento predominante.


Slow Cheetah - Segue o padrão, calma no ínicio e um pouco mais agitada no meio. Mas entre todas até agora, é a mais calma. Muito boa.


Torture Me - Muito, muito agressiva mesmo. Acho que pelo nome, podemos prever isso. Apesar do som pesado, é boa.


Strip My Mind - Começa com back vocals, depois o vocalista assume. O mesmo ritmo, só que menos agressivo e mais relaxante. Boa para quem não quer ouvir barulheira. 


Especially in Michigan - Muito boa para quem quer um pouco de agitação. A guitarra fica tão alta que é meio dificil ouvir a voz de Anthony Kiedis.


Warlocks - Começa com um estilo meio de Jazz e depois assume o costumeiro ritmo do Red Hot Chili Peppers.


C'mon girl - Ritmo corrido. Dessa vez com uso de um instrumento diferente, além das costumeiras guitarradas e da bateria. 


Wet Sand - Ritmo muito calmo no início, com acordes graves. E fracas batidas, além de uma presente e importante participação da guitarra.


Hey - Do  mesmo jeito da anterior. Tem fracas batidas, presente participação da guitarra, só que com um vocal mais fraco.


Disco 2 

Desecration Smile - Violão no início, vocal um pouco mais fino que o normal. Mesmo assim, uma boa música. No meio, fica um pouco mais agressiva, é a parte mais empolgante. Ritmo bom.


Tell Me Baby - É, em minha opinião, a melhor música dos dois discos. Com um ritmo bem animado, embala todos os que a ouvirem. Pelo nome, muitos, até eu, podem julgar como música lenta e chata. Mas fui totalmente contrariado e surpreendido. No início, dá essa impressão. Apenas no meio começa a animação.


Hard to Concetrate - Boa música, com ritmo contagiante. Apesar de parecer um pouco melancólica, é bastante boa.


21st Century - Boa guitarra e ritmo. Contagiante. 


She looks to me - Um pouco mais "romântica" podemos assim dizer, mas com o ritmo de costume


Readymade - Ótima introdução com o baixo, depois com a entrada da guitarra e da bateria, dá um impulso grande na animação da música.


If - Pior música de todo o álbum. É chata e sonolenta.

Make You Feel Better - Bom começo, com guitarra e bateria. Ritmo meio corrido, mas não deixa de ser uma música excelente e notável.

Animal Bar - Um pouco mais calma. Ritmo diferente de todas as outras músicas, agrada apenas à alguns gostos.

So Much I - É a que tem mais estilo rock. Super rápida e com bastante barulho.

Storm in a Teacup - Muito boa música, com começo igual ao das outras, porém com um desenvolvimento bem diferente e mais legal.

We believe - Essa sim, é bem diferente. Porém pode agradar à todos.

Turn it Again - Penúltima música do álbum. Tem acorder finos e batidas consistentes, vocal perfeito para esse tipo de ritmo.

Death of a Martian - É talvez a mais melancólica do álbum, talvez porque ela se chama death of a martian. Mais no meio, ela ganha a animação de costume.

É isso aí pessoal, foi uma ótima noite com Red Hot Chili Peppers. Obrigado pela atenção, sou iniciante com esse tipo de blog, por isso a resenha pode não ter ficado muito boa. Mas prometo evoluir daqui pra frente. Abraços e até a próxima!
Pedro Oliveira.

Diesel and Dust (Midnight Oil, 1987)



Diesel and Dust é o sexto álbum de estúdio lançado em 1987 pela banda australiana de rock alternativo Midnight Oil. O disco é classificado como "conceitual", ou seja, aborda temas distintos e incluídos no enredo do álbum, trazendo histórias e assuntos que são debatidos pelos fãs e críticos em geral. Neste trabalho dos australianos conhecidos também como The Oils o assunto abordado é relacionado à luta dos Aborígenes Australianos envolvidos em causas ambientas, tema muito querido pela banda, que é mais conhecida por suas críticas sociais. E hoje este é o álbum escolhido por mim para ser mais detalhado, em uma resenha.



Produção: 1987| Tempo de disco: 46:37 | Gênero: Rock Alternativo
Melhor música: Beds Are Burning  - Pior Música: Whoah

Beds Are Burning - Certamente é a melhor música e a mais conhecida da banda australiana. Esta canção deu mais projeção ao grupo, sendo o carro-chefe de todas as turnês realizadas pelo conjunto. É a típica música que todo fã do Midnight Oil deve conhecer. Segundo os integrantes da banda, o ritmo da canção foi inspirado nos ruídos produzidos pro carros transitando pelas estradas de piçarra, muito comuns na austrália, como é possível ver no clipe.

Put Down That Weapon - Segunda canção do disco, esta faixa é carregada pela bateria de Robert Hirst, um dos líderes da banda. Os sintetizadores de Jim Moginie também se fazem muito presentes em uma das melhores músicas do disco, na minha singela opinião.

Dreamworld - Mais agressiva, a terceira faixa do álbum é, junto com todas os outros trabalhos, ilustrada com críticas sociais, principalmente no título. Não menos nas letras, Dreamworld é uma faixa muito conhecida pelos fãs dos "The Oils", e também sempre foi lembrada junto com as duas canções anteriores.

Arctic World - Diferentemente da canção anterior, Arctic World traz um Midnight Oil mais engajado nas canções voltadas para um lado mais emotivo, causando uma sensação de conforto em todos que ouvirem. Outro fato importante que vale ser ressaltado é a relação entre o título (Mundo Ártico, traduzido) e o barulho semelhante à gotas d'água, indicando que todo este '"mundo ártico", está derretendo.

Warakurna - Como todas as faixas do álbum, este trabalho da banda australiana é carregado na bateria tocada por Hirst, e a voz de Peter Garrett, que é uma das marcas registradas do grupo formado ainda nos anos 70, como poucos sabem. Warakurna é uma pequena cidade situada no Oeste da Austrália, e já foi visitada pela banda na turnê "Black Fella White Fella".

The Dead Heart - É impressionante perceber a facilidade que o Midnight Oil tem em fazer críticas sociais. Não prestei muita atenção nas letras ao escrever esta resenha, mas os títulos das canções me parecem uma crítica em si, mais exatamente mostrando que a banda estava do lado dos Aborígenes, povo típico da austrália. O título da canção foi inspirado no "coração morto", nome dado ao deserto pouco populoso da Austrália, um país que é muito deserto, e seus moradores são distribuídos ao longo da costa oeste.

Whoah - A sétima canção do álbum segue a linha das canções menos críticas, e mais voltadas à produção de músicas agradáveis ao público. O título é repetido pelo backing vocal que trabalha na faixa constantemente, talvez por isso foi dado o nome de "Whoah". A canção foi escolhida como a pior do álbum, mas não pode ser descartada da obra, sendo que é uma ótima canção, ou seja, a "pior das melhores".

Bullroarer - O backing vocal muito presente na música anterior também marca presença nesta bonita faixa, que teve seu nome inspirado em um instrumento tradicional australiano que produz um som parecido com zumbidos. A canção é uma bonita homenagem ao povo típico australiano, os Aborígenes. Assim como todo o álbum na verdade.

Sell My Soul - Esta faixa valoriza mais a guitarra de Martin Rotsey. Garrett, o vocalista da banda, lidera o grupo em mais uma canção enérgica e que trata de assuntos polêmicos, como pode-se perceber em toda a extensão do álbum, que é um trabalho conceitual.

Sometimes - Uma das canções mais curtas do álbum, Sometimes apresenta uma banda mais voltada para o Reggae, mas se revezando entre momentos sublimes e vocais trêmulos de Garrett. Aliás, este último aspecto é uma das críticas sempre feitas contra a banda, o vocal inconstante de Peter Garrett. Mas enfim, a banda é uma espécie de RATM (Rage Against the Machine) australiana, pois suas letras são voltadas às críticas sociais.

Gunbarrel Highway - Mais próxima de um hit, a última faixa do disco Diesel and Dust fecha com "chave de ouro" este maravilhoso álbum, com um ritmo mais agradável, trazendo todas as características que tornaram o Midnight Oil uma das bandas mais bem-sucedidas da Austrália.

Então foi isso amigos, o álbum escolhido hoje foi o Diesel and Dust, de 1987 produzido pela ótima banda, como ressaltado antes, carinhosamente chamada pelos fãs de The Oils, um apelido que faz relação ao nome da banda, Midnight Oil. Até o nome é uma espécie de crítica musical. A banda sempre se mostrou muito engajada em causas sociais, e neste disco o assunto tratado foi a luta dos Aborígenes Australianos, povo que sempre foi muito ameaçado por causa das atrocidades que o homem vem causando à natureza, e isso todos nós sabemos que não é de hoje. Pois então vou deixando vocês com mais este álbum maravilhoso, um dos melhores em minha opinião dos anos 80, uma das décadas mais bem aproveitadas por várias bandas, onde nós podemos ver muitos ótimos trabalhos, e este álbum não deixou por menos, e honrou todo o seu legado.