2 de out. de 2010

The Wall (Pink Floyd, 1979)



The Wall é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda Inglesa de Rock Progressivo Pink Floyd. Foi lançado como álbum duplo no dia 30 de Novembro de 1979. The Wall é um álbum conceitual, que conta a história e a angústia vivida pelo personagem central da trama, chamado Pink (intepretado no cinema por Bob Geldof, ex-vocalista do Boomtown Rats). E hoje nós vamos fazer uma avaliação desta obra prima mal-interpretada por muitos.

In The Flesh? - Abre o álbum e todos os pensamentos do Pink (personagem). É de uma forma violenta que a obra tem início, com uma pesada bateria tocada por Nick Mason. A letra da primeira parte, com um ponto de interrogação (?), é diferente da segunda parte, sem a interrogação.

The Thin Ice - A música começa com um leve choro de um bebê, talvez Pink em sua infância. Então, podemos presumir que é nada mais que uma música contando toda a super-proteção que a mãe de Pink tinha por ele, e exercia dentro de sua casa. Tendo em vista que ele é um War Baby (nascido durante a guerra, filho de soldados), a história se desenvolve neste sentido.

Another Brick In The Wall, Pt.1 - É uma pequena introdução, possuindo a mesma batida da famosa música, a parte 2. Nada mais que a revolta de Pink de o seu pai não ter deixado nada para ele é mostrado nesta faixa. 

The Happiest Days of Our Lives - É a música do helicóptero. Além disso, é a famosa introdução da próxima música, a mais famosa.

Another Brick In The Wall, Pt.2 - Aí fica fácil, é o maior sucesso da banda. A música retrata a revolta de Pink e e todos os outros alunos manipulados pelo professor (The Master). A batida é inconfundível, junto com o coral composto somente por crianças.

Mother - Pink sempre viveu na sombra de sua mãe. E esta faixa traz todo o conceito de como a mãe dele é super-protetora, e sempre escondeu seu filho por detrás do muro. The Wall.

Goodbye Blue Sky - Com uma melodia suave, esta canção traz David Gilmour com seu singelo violão, transformando a música em uma assustadora e ao mesmo tempo triste música. 

Empty Spaces - Curiosamente tocada ao contrário por um DJ de Nova York, traz uma mensagem subliminar que diz mais ou menos o seguinte: "Congratulations. You have just discovered the secret message. Please send your answer to Old Pink, care of the Funny Farnm Chalfont... - Roger! Carolyne's on the phone! - Okay."

Young Lust - Como diz o título, a música retrata a necessidade de Pink em trair a esposa que posteriormente havia o traido, e assim fazendo com que Pink vá a um beco qualquer procurar uma prostituta, e traze-la para sua casa.

One of My Turns - É a continuação da história. Precedida de um breve diálogo, a música traz uma pesada combinação de instrumentos, fazendo com que tenha um clima angústiante, trazendo também um lado mais lírico de Roger Waters, o principal compositor do Pink Floyd na época.

Don't Leave Me Now - A ressaca veio rápido. Após um momento violento, Pink se vê contra a parede mais uma vez, e assim, questiona o porque de toda essa sua solidão vivida no momento. A música é bem elaborada com uma reverberação muito boa no início. Termina com um grito histérico após pink quebrar seu televisor, que precede a faixa:

Another Brick In The Wall, Pt.3 - É simplesmente uma terceira parte da música mais famosa da banda. Pouco divulgada (e consequentemente pouco conhecida) é somente uma ponte para o término do primeiro CD, a primeira parte da história.

Goodbye Cruel World - Após todos os momentos de raiva e angústia, Pink finalmente decide dar o seu adeus do mundo. E isso acontece de uma forma extremamente melancólica, trazendo Roger Waters verossímil nos vocais.

Disco Dois, Parte 2

Hey You - É o início da 2ª parte da história. E conta a displicência de Pink atrás do muro, deitado, jogado no chão. "Hey You" é a chamada que todos fazem dirigindo-se ao personagem central, que se encontra no seu pior momento. A música carrega uma angústia peculiar, jogando para o público toda a solidão e o desejo de nunca se libertar de Pink.

Is There Anybody Out There? - Com somente um verso, a música é basicamente um solo de guitarra, excluindo os vocais triplos, talvez feitos por Gilmour/Waters/Wright. E também podemos ver a presença de um sintetizador nesta faixa.

Nobody Home - Pink frente-a-frente com o televisor. Essa é a imagem que marca esta música, que é tomada pelo vocal melancólico de Waters, sempre trazendo um sentimento indiferente à todos.

Vera - No meio da história confusa, Pink encontra-se em seus sonhos, onde chama por uma Srtª chamada Vera Lynn, que não volta no trem de partida da 2ª guerra mundial.

Bring The Boys Back Home - Uma grande performance de uma orquestra marca esta música. Perfeita sincronia com os vocais do coral + Waters.

Comfortably Numb - Pink se vê de volta à vida real. Mas antes, é abordado desacordado em seu apartamento, e volta ao estado consciente quando toca um dos maiores sucessos do disco, que tem um dos solos mais inesquecíveis e aclamados pela crítica, e foi feito por Gilmour.

The Show Must Go On - Após a chamada de sua consciência, Pink decide que é hora de voltar para o show, e usa uma identidade nova, trazendo ao público seu desejo, personificando um ditador neo-nazista. E é aí que tudo começa a mudar, é um ponto crucial do álbum. 

In The Flesh - Pink vira o citado ditador, e reprova todo o tipo de humanos e atitudes que vão contra os princípios do nazismo, condenando judeus e negros por exemplo. É a segunda letra diferente com o título In The Flesh. Mas desta vez aborda de uma forma geral a parcela da população que é reprovada pelos nazistas (e neo-nazistas).

Run Like Hell - É a faixa que mais aproxima o Pink Floyd de um gênero semelhante ao Hard Rock. É violentamente perfeita, trazendo a continuação do sonho de Pink, onde ele é um líder neo-nazista, e reprova uma variedade de atitudes. O título é algo parecido com "Corra que nem o Diabo".

Waiting For The Worms - Pink recruta um grupo fiel de seguidores, assim se sentindo poderoso, mas somente em seus sonhos, seus delírios. Ainda continua sentado em um banco, atrás do seu muro, como sugere a letra, o princípio do fim.

Stop - Pink se vê condenado a voltar a sua consciência, pois os atos praticados por ele no seu inconsciente ainda o atormentam. Então, ele suplica para que volte ao mundo real, ao seu mundo. É uma curta música/ponte para The Trial.

The Trial - Pink está no júri de sua consciência, com sua mãe na presença de platéia, o juíz, e as testemunhas, todos fruto da imaginação do personagem. A música é somente um ponto na história, ponto crucial por sinal. Muitos acham uma das piores músicas da banda, junto com Mademoiselle Knobs e Seamus. Mas, por cima de tudo isso vale ressaltar que essa é uma peça muito importante para o enredo, pois é aí que termina a história, com Pink sendo julgado a enfrentar seu maior medo, tudo que há depois do muro

Outside The Wall - Após a queda do muro que separava Pink de todo o resto da sociedade, resta cantar. E os músicos do Pink Floyd se revezam nesta tarefa, cantando tristes sobre os destroços do muro. No filme homônimo, crianças tocam diversos instrumentos.

Então foi isso, a queda do muro deu fim ao álbum, um dos maiores discos da história do Rock. E está na minha lista dos 200 álbuns definitivos do Rock. Maravilhosamente aclamado pela crítica em geral, o The Wall é um show a parte da banda Pink Floyd. E valeu a pena avaliar mais esta obra aqui no Hoedawn. Abraços amigos, e até o próximo álbum.

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