6 de nov. de 2010

Misplaced Childhood (Marillion, 1985)



Misplaced Childhood é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa de rock progressivo Marillion. É tido por muitos como o melhor álbum da banda dentre todos, por ter uma consistência sonora invejável e outros atributos que transformam o álbum em uma obra-prima do Rock neo-progressivo. Talvez seja o maior disco do gênero. E hoje nós vamos avaliá-lo música por música.

Produção: 1985| Tempo de disco: 41:16 | Gênero: Rock neo-progressivo
Melhor música: Kayleigh - Pior Música: Childhoods End?


Pseudo Silk Kimono - É uma belíssima introdução para um álbum igualmente belo. O sintetizador de Mark Kelly marca nesta faixa que é uma das melhores introduções da história do rock progressivo, na minha opinião. Fish se apresenta com sua voz característica que foi uma marca registrada da banda antes de Steve Hogarth assumir o posto de vocalista do Marillion

Kayleigh - É o maior sucesso comercial do álbum, pois é o carro-chefe do disco, trazendo como um single todo o lado sentimental da banda. A balada de 4:03 minutos demonstra o que as bandas de Rock/Hard Rock fazem quando o assunto é hits. Ou simplesmente uma música mais sentimental, com letras falando de amor e etc.

Lavender - Uma das canções curtas do álbum, Lavender é um pequeno dueto entre Fish e os outros instrumentos da banda. O vocalista certamente é um dos maiores do neo prog. E nessa faixa ele demonstra isso. A voz de Fish carrega todo o álbum nas costas, e as performances maravilhosas deste cantor deram ao álbum toda a dramaticidade que pode ser notada em cada faixa

Bitter Suite - Nesta faixa o Marillion mostra seu lado experimental que foi quase - ou totalmente - obscurecido pois os instrumentos (como o sintetizador) tomaram conta dos primeiros álbuns da banda. A voz de Fish também é uma das partes mais cruciais na obra, maravilhando-nos com performances inacreditáveis com o microfone em mãos.

Heart of Lothian - Os instrumentos começam a aparecer mais, colocando a voz de Fish em segundo plano. E principalmente a guitarra dá o ritmo à essa música, trazendo um lado antes escondido pela banda, que são as batidas mais fortes, que iriam acompanhar toda a entrada de "H" na banda, após o período mais bem sucedido da banda, que foi com Fish nos vocais. O título da música pode ser referir tanto à peça teatral de Sir Walter Scott The Heart of Midlothian quanto ao coração em mosaico localizado no Royal Mile de Edimburgo (uma sucessão de ruas de aproximadamente uma milha, em Edinburgo) Fonte: Wikipédia

Waterhole (Expresso Bongo) - Nós podemos notar que conforme o álbum vai se desenvolvendo, a música começa a se tornar cada vez mais ofensiva, mostrando que a banda não possui uma grande consistência quando o assunto está focado no álbum em si, na obra de cada disco. Mas mesmo que por um curto período, esta faixa traz a banda mais violenta, pendendo mais para o Hard Rock.

Lords of the Backstage - Repetindo todo o conceito da faixa anterior, esta faixa repete todos os aspectos antes descritos, formando um lado mais violento do grupo, mesmo não perdendo a essência localizada nos sintetizadores, e claro, na voz de Fish. Ótimo exemplo de o quê a banda iria se transformar após este álbum, na era "H", com Steve Hogarth.

Blind Curve - Esta música, como não poderia deixar de ser, mostra o lado mais progressivo do Marillion, pois toma 9:29 minutos do álbum, nada que desvalorize a obra, ao contrário, trouxe mais uma vertente da banda, mais progressivo, menos músicas consistentes. O experimentalismo sempre é necessário, e nesta faixa isso foi provado. Mas não é tão experimental chegando ao ponto de ser comparado ao conjunto King Crimson por exemplo, os reis do experimentalismo, nada disso. Tudo com a marca do Marillion mesmo.

Childhood End? - A bateria comandada por Ian Mosley finalmente dá as caras nesta faixa, mesmo que se tornando bem presente nas canções anteriores. Sem muita cerimônia, esta música não usa de refrões pegajosos e melodia calma para agradar o público. Nem todo álbum é perfeito, mesmo esta faixa mostrando que o Marillion pisou um pouco na bola nesta composição de Fish.

White Feather - Fechando os trabalhos, esta faixa acaba com todos os serviços prestados pela banda, desculpem-me o termo. Melhor que a faixa anterior, White Feather no seu término deixa um bis para a banda. O álbum foi um grande êxito do rock neo-progressivo. Grande disco. No fim, um fade-out para acabar lentamente com esta maravilhosa experiência.

E acaba por aqui mais uma resenha, o álbum entra facilmente na minha lista dos 200 maiores álbuns da história do Rock. O Marillion é tido por muitos como o maior grupo do rock neo-progressivo, gênero que trouxe muitas ótimas bandas como Pendragon, Saga, IQ e Pallas por exemplo. Mas este assunto fica para uma próxima postagem. Vou tirando meu time de campo, espero que vocês tenham gostado de mais esta resenha. Kayleigh foi escolhida como melhor canção, já Childhoods End? ostentou o título de faixa mais confusa, não a pior. Abraços e até a próxima!

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