6 de dez. de 2010

Purpendicular (Deep Purple, 1996)



Purpendicular é o décimo quinto álbum de estúdio da banda inglesa de Hard Rock Deep Purple, e é marcado pelo ingresso da banda por parte de Steve Morse, como guitarrista. O músico trabalhou com outra banda de Hard Rock, o Dixie Dregs, e entrou no Deep Purple em 1995 com uma grande tarefa, a de substituir o icônico Ritche Blackmore, um dos maiores guitarristas da história do Rock. Joe Satriani também teve uma rápida passagem pela banda em 1994, mas com pouco sucesso. Hoje nós vamos conhecer um pouco mais desse maravilhoso álbum.

Produção: 1996| Tempo de disco: 62:16 | Gênero: Hard Rock
Melhor música: Sometimes I Feel Like Screaming  - Pior Música: The Purpendicular Waltz

Vavoom: Ted the Mechanic - A primeira canção do álbum traz todos os elementos que transformaram o Deep Purple em uma das maiores bandas de Rock da história, como a guitarra pesada e displicente do estreante Steve Morse. A música é um dos hinos do álbum, pois traz exatamente tudo que os fãs da banda esperavam.

Loosen My Strings - Mesmo Jon Lord sendo um dos maiores tecladistas de todos os tempos, só na chamada 2ª fase da banda é que ele foi ganhar mais atenção no mainstream  que cerca a banda. A introdução do teclado é meio tímida, mas a música se desenvolve junto com a guitarra de Morse sendo muito presente em uma canção embalada por um ritmo mais progressivo, o que começou a ser notado na banda nesta fase.

Soon Forgotten - O teclado de Lord se mostra presente outra vez no riff da canção, mas como em muitas outras, não é muito notado. A pegada pesada da banda continua a dar o tom, mesmo que um pouco ofuscada pela entrada de outros instrumentos que tornaram a música mais agradável, diferentemente do que nós vimos no início da carreira do Deep Purple.

Sometimes I Feel Like Screaming -  Um dos pontos altos do disco. Esta balada começa com uma pequena introdução feita no violão, e logo a voz inconfundível de Ian Gillan toma o lugar como parte mais importante na canção. Esta é a música mais longa do álbum, com 7min31s de duração, mostrando este lado progressivo, que foi bem predominante neste período, quando o álbum foi produzido.

Cascades: I'm Not Your Lover -  As introduções não correspondem às músicas em si. Muitos que as ouvem não têm ideia de como a canção vai se desenvolver. Em um momento os instrumentos todos se calam, e logo em seguida o heavy metal começa a se tornar o estilo adotado pela banda em cada faixa. A velocidade sempre foi um elemento muito explorado em muitas canções famosas do grupo, como "Highway Star" por exemplo.

The Aviator -  Depois de toda a timidez expressada por Steve Morse, finalmente o músico se solta nesta faixa. A introdução é bem feita com seu violão, tomando uma boa parte da canção. E finalmente nós podemos notar que a música não se altera tanto na relação introdução/desenvolvimento da faixa.

Rosa's Cantina - Um ritmo bem mais pesado marca a sétima música do Purpendicular. E a letra mais agressiva mostra todos os instrumentos concentrados em uma música mais consistente, trazendo uma faixa bem importante para o disco, mesmo não se tratando de um álbum conceitual, e sim de um mero veículo para alguns singles  da banda.

A Castle Full of Rascals -  Seguindo a linha de músicas agressivas, esta faixa mostra que a banda não perdeu nenhum de seus elementos que são muito queridos pelos fãs, e a canção é bem mais agressiva que Rosa's Cantina, e é carregada pela bateria de Ian Paice, um dos únicos membros a participar de todos os trabalhos do Deep Purple.

A Touch Away - A introdução é bem estilo blues/R&B. E talvez toda a música seja inspirada nestes 2 gêneros que se fundiram e trouxeram uma bela faixa, que foge de todo esse estilo do Deep Purple, como podemos notar se compararmos os álbuns "Machine Head" e "In Rock" ao "Purpendicular". Talvez seja o amadurecimento que vem sido buscado por muitas bandas ao longo do tempo.

Hey Cisco - Finalmente Ian Paice, o baterista, tem uma parte reservada no começo da faixa. E sua bateria frenética produzindo um som bem parecido com tambores imperiais, como se fosse uma introdução à alguma autoridade. Mas não podemos - como em todo o álbum - julgar a música por sua introdução. E Hey Cisco, começando pela letra, não é das melhores músicas deste disco de 1996.

Somebody Stole My Guitar - Esta música é uma das melhores (senão a melhor) performances de Steve Morse, o estreante atrás da guitarra principal do Deep Purple. Seu instrumento, junto com a voz bem elaborada de Gillan marcam a penúltima faixa. Até pelo título é perceptível que esta faixa foi reservada para o instrumento mais importante da banda, a guitarra. Destaque também para o solo de teclado de Jon Lord, um dos ídolos da banda.

The Purpendicular Waltz - Curiosamente uma gaita introduz a última canção do disco. E como era de se esperar, aqueles mesmos aspectos que marcaram a história do Deep Purple se tornaram muito presentes nesta faixas de despedida. A música é bem notável por seu refrão que traz uma outra ótima performance de Gillan, que, na opinião de muitos, é um dos maiores vocalistas da história.

O álbum Purpendicular, assim como seu predecessor The Battle Rages On... de 1993, mostra um grande amadurecimento da banda, que principalmente após a saída de Ritchie Blackmore, mostrou à todos que não se abateu nem um pouco com este que deveria ser um forte baque ao grupo. Ao contrário, com Steve Morse a banda ressurgiu e mostrou que nada estava acabado. E com este disco, apresentaram ao público um lado mais progressivo, com músicas mais elaboradas e complexas. E este foi o álbum que eu os presenteio com a mais nova resenha que fiz. Um aceno e um aperto de mão em todos que lêem o blog, e até a minha próxima resenha.

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