1 de out. de 2010

The Queen Is Dead (The Smiths, 1986)


The Queen Is Dead é o terceiro álbum de estúdio da banda Inglesa de Rock Alternativo The Smiths. O álbum é certamente o mais aclamado pela crítica em geral. E hoje nós vamos fazer a análise dele, uma pequena resenha. Vamos avaliar música por música, como sempre. O álbum merece.

The Queen Is Dead - É a primeira faixa e dá título ao álbum. Nesta canção podemos ver um lado pendendo bem para o Hard Rock, uma característica que definitivamente não combina com a banda. A voz de Morrissey recitando os versos é a marca registrada do The Smiths, uma espécie de "Os Silvas", pois Smith é um dos sobrenomes mais comuns da Inglaterra.

Frankly, Mr Shankly - Podemos perceber a influência do Britpop nesta música, mesmo que a banda tenha sido formada antes do início deste movimento. Também possui um ritmo meio R&B (Rythm & Blues). O ponto alto do álbum ainda está por vir. Aliás, esse foi um dos mais produtivos álbuns do The Smiths, como antes citado.

I Know It's Over - A banda sempre foi aclamada também por suas canções extremamente depressivas e reflexivas, talvez por isso seus fãs tenham a fama de melancólicos. Mas nesta faixa percebemos que mesmo que o objetivo da banda não seja - eu acho que é - ser melancólico, dá um tom. E as letras, que levam todo o ritmo, também retratam esse lado.

Never Had No One Ever - E toda a tristeza que se iniciava em I Know It's Over continua a assombrar. A faixa possui uma melodia calma, e traz Morrissey com seus trejeitos nos vocais, sempre dando um show particular. Ele certamente é um dos maiores vocalistas - e pessoa - da história.

Cemetry Gates - Nossa, que susto. O álbum muda totalmente, de uma melancolia sem fim se transforma numa explosão do britpop. Cemetry Gates é uma das músicas mais alegres do álbum. Somente a música, com sua bela melodia e os arranjos vocais feitos por Morrissey. A letra sugere um grupo de pessoas fazendo um nada convencional passeio, situando-se em um cemitério, e lá, questionam as razões da vida e etc.

Bigmouth Strikes Again - Absolutamente sensacional, roubou o posto de hit do álbum. É uma das músicas mais conhecidas da banda, trazendo uma letra confusa. Mas o que importa? Todo o resto cumpre o papel, e encobre com uma sutileza incomparável. Sweetness/Sweetness I was only joking when I said I'd like to smash every tooth in your head. Vai me dizer que você entendeu?

The Boy With The Thorn In His Side - O garoto eternamente atormentado. A letra sugere um garoto (óbvio) que se sente inseguro, guardando seu ódio dentro de si, e assim, fica atormentado pelo desejo de conhecer o mundo ao seu redor. Uma completa obra de arte da dupla Morrissey/Marr. É o maior sucesso para se tocar em qualquer festa de Flashbacks dos anos 80.

Vicar In A Tutu - Vencendo todo aquele período tristonho, esta música vem para quebrar toda a melancolia, que em seguida vai voltar ao álbum. Mas este pequeno tempo, esta música, nos faz pensar de tão genial que a banda é, a música não precisa de mais nada. É o que é, sem precisar ser mudado, nunca. The Smiths inspira, toda a genialidade de Morrissey nos fascina.

There Is A Light That Never Goes Out - Perdendo todo o sentido, a música foi preterida a ser o maior sucesso, o carro-chefe do álbum, mas perdeu o posto para Bigmouth Strikes Again. Nada que desvalorize esta obra de arte. É uma real obra de arte, vale muito a pena ouvir. A música termina magníficamente  num fade out com os dizeres do verso, do título. Maravilhoso.

Some Girls Are Bigger Than Others - Aqui, um trabalho sensacional de Morrissey. Claro que fechando o disco, deveria haver alguma coisa para se tirar de proveitoso. E com certeza isso é a voz de Morrissey, e suas reflexões. Ele sabe se expressar perfeitamente sobre alguns assuntos pouco discutidos, transfomando a música, muitas vezes confusa e não muito elaborada, em meros veículos para suas letras espetaculares. Termina em mais um fade out contendo a repetição contínua do título, com o backing vocal feito também por esse gênio da música.

Chega ao fim toda a resenha. Uma inspiração magnífica me trouxe até aqui para escrever sobre um dos álbuns mais sensacionais da história. Não é à toa que é o melhor disco do The Smiths, uma banda que possui uma curta vida, mas que trouxe e nos brindou com álbuns tão perfeitos, mas singelos. A capa foi feita por Morrissey, e apresenta o ator Alain Delon, no filme de 1964 chamado L'Insoumis. Esta foi uma inspiradíssima postagem amigos, esperem por mais resenhas e reviews, lembrando que se você quiser me ver avaliando um álbum do seu gosto, é só mandar um e-mail para danilo.frazao@hotmail.com, ou escrever na cbox ao lado. Abraços, e até a próxima resenha e/ou review.

Danilo Frazão.

0 comentários:

Postar um comentário