30 de set. de 2010

Nude (Camel, 1981)


Nude é um álbum conceitual lançado pela banda de Rock Progressivo Camel. O conceito do álbum é baseado em uma história real de um soldado Japonês (Hiroo Onoda) abandonado em uma ilha, e que não sabia que a guerra havia acabado. "Nude" é derivado do nome "Onoda". O álbum é uma bela peça da banda Camel. E vale a pena acompanhar música por música da obra. Vamos lá.

City Life - É a primeira canção do disco. É bem animada, contando com o vocal sempre suave de Andrew Latimer. A entrada é sintetizada pela batida bem familiar da bateria de Andy Ward. Música muito boa, com melodia calma.

Nude - É basicamente uma música ponte entre City Life e Drafted, somente trazendo um som feito por sintetizadores, semelhante ao voo de um mosquito.

Drafted - É uma das mais belas canções que já ouvi. A faixa é muito bem feita, o vocal perfeito, e a orquestra dando um show. É uma das poucas músicas do Camel que fazem qualquer um chorar.

Docks - Contrastando com Drafted, Docks é uma canção mais agitada, trazendo a batida sempre presente de Ward. Todo o álbum possui uma ligação, música por música. Então, não podemos reprovar esta peça. A guitarra se faz presente também nesta faixa, um solo para ninguém botar defeito.

Beached - Tá certo que o Camel nunca foi uma banda tão suave assim, pois quase todas as composições são experimentais ao último, e trazem os instrumentos em um alto volume e grande quantidade. E Beached é um dos resultados desta junção de instrumentos pesados, em uma banda de Prog Rock.

Landscapes - Como o álbum se reveza entre momentos melancólicos e instrumentos furiosos, Landscapes é um dos momentos extremamente tranquilos. A agonia que acompanha a história contada pelo álbum pode ser sentida por qualquer um que tome conhecimento da mesma. E esta faixa começa um trecho calmo do disco.

Changing Places - E como não poderia deixar de ser, esta faixa é uma das partes lúcidas do álbum, trazendo um trabalho espetacular de percussão feito por Ward. É uma peça importante da obra.

Pomp & Circumstance - Longas composições, chamadas de "épicas", não tiveram espaço neste álbum. 15 faixas são até um número bem extenso falando de discos de Prog Rock, sendo que vários deles possuem músicas longas, de até 50 minutos, como no caso de Tubular Bells, de Mike Oldfield. Por as músicas serem tão escassas, o álbum perde em conceitos.

Please Come Home - É a continuação da história. O título é bem sugestivo, tendo em vista que o personagem central da história, o soldado Hiroo Onoda, foi abandonado em uma ilha. Então, a angústia toma conta de toda esta parte do disco.

Reflections - É uma música instrumental. Serve de ponte para o restante das faixas. Um ótimo trabalho de orgão (ou teclado, como preferir) é notado a esta altura.

Captured - Provavelmente iniciada por uma orquestra, a música dá entrada a um pesado riff de guitarra, antes de trazer um magnífico solo dos instrumentos de sopro. Vale a pena ouvir.

The Homecoming - Basicamente trata da "volta para a casa". E a orquestra antes presente em Captured dá o tom. Melodia feita por tambores simultaneamente alinhados.

Lies - Como não poderia faltar, um trecho carregado por um estilo semelhante ao de R&B e Jazz, a voz pesada de Latimer leva a faixa de quase 5 minutos, longa para os padrões estabelecidos posteriormente.

The Birthday Cake - 30 segundos de um solo apreciável de teclado. Ou orgão, como preferir.

Nude's Return - Acabando com toda a angústia, Nude's Return fecha o álbum com chave de ouro, assim como acontece em quase todos os álbuns da banda Camel. 

Então foi isso pessoal, Nude é um disco bem tranquilo, que traz uma história verídica, que vocês podem acompanhar melhor na página da wikipédia reservada para o soldado Hiroo Onoda, clique aqui (link em inglês) e se aprofunde neste assunto. Abraço, e até a próxima postagem!

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