23 de set. de 2010

In the Court of the Crimson King (King Crimson, 1969)


In the Court of the Crimson King é o álbum de estréia da banda inglesa de rock progressivo King Crimson. O lançamento do álbum ocorreu no dia 10 de Outubro de 1969, causando uma tsunami para todos os conceitos da época, sendo pioneiro na arte do rock progressivo. É tido por muitos o melhor título de todos nesta categoria, sendo que o fundador da banda, Robert Fripp, criou o termo "Rock Progressivo". Durante uma entrevista, a repórter perguntou "Sr. Fripp, sua música é extremamente diferente de tudo que temos aqui fora, como você definiria em uma palavra?", ele respondeu "Progressivo... sim, progressivo, é isso.".

Então vamos à avaliação, música por música. O álbum é meio complicado em alguns momentos, pois o experimentalismo foi usado ao máximo. Robert Fripp até hoje é uma referência para os experimentalistas do mundo inteiro, pois este primeiro álbum além de introduzir o instrumento Mellotron (semelhante à um orgão), usou muitos outros equipamentos estranhos para a época.

21st Century Schizoid Man - É com certeza a música mais conhecida da banda. E abre o álbum de uma forma catastrófica. Robert Fripp, em suas considerações sobre o álbum, disse que a capa representa o "Schizoid Man". Então, a primeira música também representa o tal. Sendo que de uma forma agressiva, os vocais de Greg Lake deram conta do recado, abrindo essa obra de arte de um jeito arrebatador. Gritos e guitarra pesadíssima.

I Talk To The Wind - Essa música parece ser a ressaca. Melodia calma, semelhante à fórmula usada pelo Pink Floyd em suas músicas mais serenas. Lake dá o tom com uma voz suave. O título é bem sugestivo, pois "esquizóide" é o nome de um transtorno psicológico, sendo que quem sofre fica solitário, e se afasta da sociedade. O álbum é um olhar do passado para o nosso presente.

Epitaph - Realmente as letras parecem ter alguma ligação. Epitaph é uma canção que retrata o presente de um esquizóide, "A confusão será o meu epitáfio/Enquanto rastejo por caminhos tortuosos/Se conseguirmos todos poderemos sentar e rir/Mas temo que amanhã estarei chorando.

Moonchild - É a penúltima canção do álbum, com 12 minutos, é aquele exemplo do experimentalismo. Longa jornada instrumental, com algumas entradas da voz de Lake, que já esteve em todas as bandas do planeta. A letra certamente mostra uma "filha da lua", ou simplesmente uma lunática, que fala para as árvores e etc.

The Court Of The Crimson King - Fechando com chave de ouro, a música título do álbum começa com uma combinação épica de guitarra/bateria/baixo. A música conta a história do homem da contra-capa, ou simplesmente o "Crimson King". Muitos acham que este nome foi dado pois se assemelha com "Belzebub", mas Fripp diz que significa no árabe "homem com um objetivo. Não importa, mas a música fecha sim com chave de ouro este álbum revolucionário, um dos primeiros da onda do rock progressivo que atingiu o mundo inteiro nos anos 70.

Espero que vocês tenham gostado de mais uma avaliação de álbuns minha. Sempre lembrando que se você quiser ver seu álbum favorito aqui, pode mandar um email para danilo.frazao@hotmail.com, e eu farei com todo prazer. Este álbum está na minha lista dos 200 álbuns definitivos do rock. Abraços, e até a próxima amigos

1 comentários:

Nicolas Catalani disse...

Gostei bastante da resenha. O álbum é genial e abriu as portas para o Rock Progressivo.

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